Apesar da ridícula proposta do Governo, os sindicatos Andes e Proifes, que representam os professores das universidades federais, resolveram aceitá-la, e dificilmente a greve será deflagrada no restante das universidades.
Para deixar a história ainda mais confusa, na reunião de ontem o representante do Governo ainda voltou atrás na proposta de aumento de 4% (só no ano que vem), dizendo que os 4% incidiria apenas em uma parte do salário, o que deveria deixar o aumento em torno de 2%.
Marcou-se hoje (26/08/2011) uma reunião para resolver este impasse, mas é provável que seja resolvido. Com isso, os professores irão ganhar no ano que vem aproximadamente 90% do que ganhavam em 1998, em pleno Governo FHC.
Esses dados servem para acabar com a falácia de que o Governo do PT trata bem os professores. O tratamento é o mesmo recebido pelo PSDB, conforme gráfico abaixo. Enquanto os pesquisadores do MCT e do Ipea recuperaram suas carreiras, pelo jeito só resta aos professores fazerem concurso para outras áreas, ou aceitar a ideia de que terão salários ruins para o resto da vida.
Não é de se estranhar a quantidade de professores com complementos salariais, mesmo estando em Dedicação Exclusiva. Com um salário líquido de R$ 5 mil, corredor vazio de professor virou padrão nos departamentos das Universidades Federais. Isso porque nem falei nos professores assistentes, com mestrado, com salário líquido de R$ 3 mil, em Dedicação Exclusiva.
Com essa decisão, a greve deve morrer.
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A Andes e o Proifes acabaram de assinar o acordo com o aumento ridículo de 4%.
Autor: Pierre Lucena. 26/08/11 às 8:43.
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